domingo, abril 30, 2006

Tertúlia

Continuando a tertúlia escrita com o meu amigo Abel Maia, foi publicado um artido da minha autoria n'O Primeiro de Janeiro da passada Sexta-feira.

José Mourinho


José Mourinho, o melhor treinador de futebol do mundo, revalidou hoje o título da Liga Inglesa de futebol na sua qualidade de treinador do Chelsea FC, uma equipa de um pequeno bairro de Londres que em toda a sua história, só uma vez tinha conseguido tal feito.
Com um estilo muito próprio, José Mourinho é hoje uma estrela à escala mundial. Visceralmente odiado por muita gente (geralmente aqueles que apoiam as equipas suas adversárias directas), o nosso compatriota é ao mesmo tempo idolatrado por milhões de pessoas que vem nele um exemplo de sucesso.
Eu gosto muito de José Mourinho e considero que o seu sucesso se fica a dever, unica e exclusivamente, ao seu génio e ao seu trabalho. Na área técnica consta que Mourinho é exímio, analisando os seus adversários ao mais ínfimo pormenor e descobrindo-lhes os pontos fracos. Por outro lado, é um extraordinário gestor de recursos humanos, conseguindo trazer atletas aparentemente medianos até ao mais alto nível de rendimento, como o vimos fazer no União de Leiria e depois no FC Porto.
Por tudo isto, penso que os títulos de Mourinho são plenamente justificados devendo merecer da nossa parte, enquanto amantes do desporto e portugueses, um fortíssimo aplauso.

Eleições no PSD de Vila do Conde


As eleições para os orgãos concelhios do PSD de Vila do Conde vão realizar-se na próxima Sexta-feira. Durante este fim de semana os candidatos estão a fazer os seus últimos esforços no sentido de convencer os militantes a aderir às suas causas.
Como Presidente ainda em exercício, tenho-me abstido de participar activamente no processo eleitoral. Acho que esse é o melhor contributo que posso dar ao partido.
Apesar disso, vou realçar aqui dois aspectos que me parecem demasiado evidentes e que me chamaram a atenção, muito especialmente depois do debate que ouvi na Rádio Onda Viva entre os 3 candidatos.
O PSD de Vila do Conde nunca ganhou eleições autárquicas em Vila do Conde desde o 25 de Abril. Quem ouve alguns candidatos a falar pensa que isso se deve, unica e exclusivamente, a quem liderou o partido ao longo dos últimos anos. Ou seja, num discurso simplista e demagógico, há quem saiba identificar claramente os responsáveis, identificando-os nas pessoas do Miguel Paiva, do Carlos Maia, do Delfim Maia, do Carlos Duarte, do Artur Brás Marques, do Orlando Taipa e mais alguns.
Excluindo o meu nome, penso que esse tipo de discurso é perfeitamente absurdo e mesmo contraproducente no interesse do próprio PSD. Ou será que alguém acredita que as pessoas atrás mencionadas são todos uma série de incompetentes e incapazes?
Por outro lado, fico chocado quando ouço pessoas a falar coisas que sabem não ser verdade com a mesma convicção e à vontade como se estivessem a dizer uma verdade. As pessoas queixam-se que a política está em descrédito. Da minha parte digo claramente que, como pessoas a actuar assim, não só não deixará de estar em descrédito, como ainda se arrisca a piorar a situação.
Sexta-feira divulgarei o meu sentido de voto.

Rally Paper da Misericórdia

Pelo 10º ano consecutivo a Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde organizou um Rally Paper, este ano em colaboração com o Lions Clube de Vila do Conde e a Associação de Desporto Automóvel de Vila do Conde.
Confesso que gosto muito de Rally's Paper. São provas divertidas, onde se consegue passar uma excelente tarde convivendo com os restantes colegas de provas na busca das respostas certas e esforçando-nos sempre por fugir das charadas habituais.

Apesar de ter um percurso idêntico, a prova dividia-se em duas: uma para carros antigos e outra para carros modernos. Conduzindo o meu Triumph Spitfire MK4, acabei por alinhar na prova dos antigos. O meu pendura foi o meu irmão Pedro, que depois das dificuldades iniciais para conseguir acomodar as longas pernas no exíguo espaço que o veículo dispõe, acabou por se adaptar e revelar-se um precioso companheiro.
O percurso estendeu-se praticamente por todo o litoral Vilacondense, até Labruge, não tendo revelado um grau de dificuldade tão elevado como temia. As perguntas não obrigaram a grandes pesquisas (um ou dois telefonemas para casa e pouco mais!), nem houve lugar a inesperadas "ratoeiras".
O final coincidiu com o jantar de entrega de prémios onde, mais uma vez, a Misericórdia mostrou a forma calorosa com que recebe os seus convidados, proporcionando-nos a todos uma bela noite de convívio.

sexta-feira, abril 28, 2006

Assembleia Municipal de Vila do Conde


Realizou-se ontem à noite a reunião de Abril da Assembleia Municipal de Vila do Conde, na qual foram aprovadas as contas do município relativas ao ano 2005.
Como factos mais relevantes destaco os seguintes:
- A desautorização de Mário Almeida a seu filho Bruno quando este, em nome da bancada do PS, se preparava para votar favoravelmente uma moção do PSD sobre o encerramento do Porto de Vila do Conde à descarga de pescado dos barcos de pesca costeira. A forma algo brutal como Mário Almeida obrigou o seu filho a voltar atrás e a deixar cair aquilo que segundos antes tinha assumido foi demasiado ostensiva e, confesso, parece-me mesmo algo incompreensível. Por um lado a matéria de facto não era suficientemente grave que justificasse uma atitude tão drástica. Depois a aspereza com que Mário Almeida falou fez lembrar um ralhete, o que não fica bem ser feito em público, tanto mais que Bruno Almeida já, há muito, é maior e vacinado.
- A substâncial melhoria do desempenho da bancada do PSD. José Eduardo Lemos e Rui Silva mostraram-se muito seguros e acutilantes nas respostas a Mário Almeida, mostrando mesmo uma excelente preparação dos temas sobre os quais falaram.
- A arrogância e enviesamento com que Mário Almeida vê o funcionamento da democracia. A propósito das críticas da oposição, o Presidente da Câmara acaba por fazer um discurso extremamente agressivo, atacando as pessoas (quando as chama de ignorantes, por exemplo) e transportando o debate para uma logica maniqueista em que quem ganha eleições pode dizer e fazer o que quiser e quem perde deve calar-se. Ora, a democracia é exactamente o contrário disso, procurando dar a todos aqueles que tem represenação eleitoral uma legitimidade idêntica para afirmar posições e ideias. É óbvio que no momento da votação vence quem tem mais representantes, mas antes disso, todas as opiniões merecem igual respeito.

10º Aniversário do LCP

No próximo domingo, dia 30 de Abril de 2006, vai realizar-se a festa de comemoração do 10º Aniversário do Lambretta Clube de Portugal. Como habitualmente acontece a festa é organizada este ano pelo sócio José Luis Alves, um grande "doente" pelas Lambrettas e que é morador em Balasar. Assim, esta simpática freguesia poveira, agora mundialmente famosa por ter sido berço da Santa Alexandrina, será a capital portuguesa das Lambrettas por um dia.
Para este passeio vou levar a minha Lambretta LI 125 série 2. É uma máquina de 1960 e que tem uma história curiosa. Já não me lembro ao certo do dia em que a comprei, mas recordo-me perfeitamente do dia em que ela me foi entregue. O vendedor, Lourival Oliveira (recentemente falecido e grande animador da Concentração de Motas Antigas de Cavalões, V. N. de Famalicão), trazia a Lambretta na sua carrinha e descarregou-a. Foi aí que a vi pela primeira vez. Estava praticamente completa em todas as suas peças, mas o estado da pobre mota era bastante mau. Estava pintada de vermelho e, coisa que é sempre um quebra cabeças para quem se mete nisto dos veículos antigos, não tinha documentos nenhuns.
Como é óbvio, a minha vontade foi a de iniciar o restauro o mais rapidamente possível. Entusiasmado pelo Camilo Lopes, um amigo que "arranja" todas as peças necessárias a qualquer Lambretta, levei-a para a oficina dos irmãos Vidal em Ílhavo, pois já eram experimentados em trabalhos deste tipo.
Depois de mais de 3 anos e uma mão cheia de euros (nem digo quanto para não se assustarem), a minha Lambretta lá foi entregue num estado verdadeiramente impecável. Parecia que estava a sair do stand em estado de novo. Foi pintada de vermelho e branco, ficando com cores bastante aproximadas ao original. Em termos de mecânica foi toda revista e está em excelente condição.
Refeita a Lambretta, faltava legalizá-la. Depois da habitual pesquisa à Conservatória de Registo Automóvel, lá descobri que estava registada no nome de um tal Sr. Milheiro. Através da lista telefónica acabei por conseguir chegar, não a ele, mas a um irmão. Depois de várias tentativas para contactar com o dono do registo, acabei por falar com o meu amigo Pedro Brás Marques, que vive muito perto da zona onde morava o Sr. Milheiro. Disse-me imediatramente que sabia muito bem que era o famoso Sr. Milheiro e que o seu sogro tinha uma excelente relação com ele. De imediato se prontificou a fazer a "ponte" com o Sr. Milheiro, levando uma declaração de venda que poucos dias depois já estava na minha mão assinada e acompanhada da fotocópia do BI do Sr. Milheiro.
E foi assim que acabei por ficar com uma Lambretta fantástica e completamente legalizada. No Domigo, lá estará ela a subir o Monte da Franqueira em Barcelos...

quinta-feira, abril 27, 2006

Encerramento de serviços em hospitais


Após o anúncio do encerramento dos blocos de partos de alguns hospitais do país, a comunicação social tem feito eco de várias manifestações de contestação à medida que estão a acontecer em praticamente todas as localidades envolvidas.
Trata-se de uma matéria muito sensível, mas que os políticos devem enfrentar com frontalidade e coragem. Na próxima edição do "Terras do Ave" sairá um texto meu sobre o assunto.

Uma Lambretta em África


O amigo Zé Fernandes, do Lambretta Clube de Portugal, fez-me chegar uma bela foto de 1962, tirada na Beira, em Moçambique, onde se pode ver uma bela Lambretta D. Será uma 125cm3? Será uma 150 cm3? Enfim, seja qual for, é um dos mais belos exemplares da fábrica Innocenti.

quarta-feira, abril 26, 2006

Chamar os nomes aos bois

A pior coisa que pode acontecer a uma pessoa de Vila do Conde, quando está fora da sua terra, é dizerem-lhe algo do género:
- Oh pá, já há muito que não vou à tua terra, à Póvoa.
Infelizmente, este tipo de situações ainda acontecem com alguma frequência, mostrando que a proverbial ignorância dos americanos para as matérias da geografia também tem seguidores por por terras lusas.
Como devem calcular, alguém que é de Vila do Conde, cidade que, quando comparada com a Póvoa de Varzim, se mostra dotada de qualidades inatingíveis pela nossa vizinha, fica zangado. Como diria o "cromo" do Gato Fedorento, "um tipo fica chateado"!
A verdade é que, com a Lambrettas acontece algo semelhante. Na verdade, e para quem sabe verdadeiramente o que é uma Lambretta, a pior coisa que lhe pode acontecer é ser abordado por um curioso, que cheio de boas intenções, estaciona o seu Ferrari ao nosso lado e se abeira de nós dizendo:
- Parabéns! A sua Vespa está muito bonita!


Como é óbvio, ficamos com uma enorme vontade de arrasar com o cavalheiro. De lhe agradecer as palavras elogiosas à nossa Lambretta, retribuindo que o Fiat dele também é espectacular.
Bom, a verdade é que as Lambrettas e as Vespas são motas de referência. Mas ninguém se pode esquerecer que são diferentes.

A causa das coisas

Começar um blog é, desde logo, demonstrar que temos vontade de comunicar. No meu caso particular trata-se de uma vontade que sempre existiu e que se tem materializado por várias formas, principalmente através de jornais.
Agora, ao criar A Lambretta, vou fazer algo bastante diferente. Desde logo vou falar de uma paixão que alimento desde há alguns anos, que são as Lambrettas. Quem não as conhece? Todos associam a Lambretta a um veículo pequeno, simples de conduzir, prático e que marca ou marcou a juventude de muita gente. As Lambrettas são isso tudo, mas acreditem que se as lambrettas que imaginam forem mesmo Lambrettas, então aí os prazeres que o veículo proporciona são incomparavelmente maiores.
Para além de falar de Lambrettas, irei também falar de outras coisas, fazendo através daqui um acompanhamento de tudo aquilo que me rodeia e dando, sempre que entender, a minha visão sobre os mais diversos assuntos.