segunda-feira, outubro 16, 2006

Legalização de velocípedes

A entrada em vigor do Decreto-Lei nº 128/2006, de 5 de Julho, obriga todos os proprietários de veículos velocípedes com matrículas atribuídas pelas Câmaras Municipais a proceder à troca dos respectivos livretes e, consequentemente, à mudança de matrícula.
Trata-se de um processo que já havia sido tentado há alguns anos, mas que parece estar, agora, definitivamente decidido. Em concreto, quem possuir velocípedes com matrícula camarária (para os Lambrettistas este aviso abrange os proprietários de Lambrettas Júnior ou Luna) deve preencher o impresso Modelo 1402 (download disponível no site da DGV) e entregá-lo na DGV juntamente com o original do Livrete, sendo-lhe posteriormente atribuída uma nova matrícula e novos documentos, já sob o modelo do Documento Único Automóvel.
Para que este processo não tenha quaisquer custos para o proprietário, é necessário que se cumpram os seguintes prazos de requerimento:
- Até final de 2006, para veículos com matrícula até 31/12/1999.
- No ano 2007, para veículos com matrículas emitidas entre 01/01/1990 e 31/12/1999.
- No ano 2008, para veículos com matrículas emitidas entre 01/01/2000 e 31/12/2005.
Quem ultrapassar estes prazos terá de pagar o custo de emissão de nova matrícula conforme as tabelas legais.
Em todo este processo há algo que ainda ninguém me soube explicar. Com efeito, algumas Câmaras Municipais deixaram de fazer registos de transferência de propriedade de velocípedes logo que este Decreto-Lei foi aprovado. Ora, quem comprar um veículo e pretender proceder ao registo em seu nome tem uma dificuldade. Como não pode pedir a transferência de propriedade na Câmara Municipal, terá de preencher o pedido à DGV no seu nome, que é diferente do proprietário que consta no Livrete. Como actua depois a DGV? Passa o Documento Único em nome do proprietário anterior ou já o faz no nome do requerente? Exige que seja feito o registo de transferência de propriedade na Conservatória do Registo Automóvel (com o custo de € 64,00)?

quinta-feira, outubro 12, 2006

SX 200


Não há nenhuma colecção de Lambrettas que possa considerar-se bem recheada se não incluir uma Lambretta SX 200. Esta Lambretta que apareceu já perto do ocaso da marca é de uma enorme robustez e fiabilidade, alcançando performances bem interessantes no seu segmento. Sendo relativamente rara (só se produziram pouco mais de 20.000 exemplares), esta "joia" tem uma enorme procura no mercado internacional, com destaque para Inglaterra, país onde estas máquinas chegam a alcançar cotações verdadeiramente extraordinárias.
Em Portugal há algumas destas belas Lambrettas, estando praticamente todas nas mãos de pessoas que as conhecem bem e que as preservam o melhor que podem. Uma dessas máquinas participou em 2005 no famoso Portugal Lés-a-Lés organizado pela Federação Nacional de Motociclismo, tendo percorrido, sem quaisquer problemas, o trajacto entre Macedo de Cavaleiros e Faro.
Se a Lambretta A é, pelo simbolismo de ter sido o primeiro modelo e pela raridade, o modelo com que qualquer Lambrettista sonha, a SX 200 é talvez a máquina mais emblemática da marca.

Um ano em pleno


Com a chegada do Outono, os motads que se dedicam ao coleccionismo abrandam substâncialmente a actividade. É normal, pois o tempo agreste que aí vem, com frio e chuva, pode trazer problemas à máquinas que tanto trabalho (e dinheiro) custam a recuperar.
No caso do movimento Lambrettista, penso que podemos fazer um balanço altamente positivo de 2006, muito embora ainda haja um novo evento na agenda oficial do Lambretta Clube de Portugal: o jantar de fim de ano que deverá ter lugar na 2ª quinzena de Novembro na zona de Aveiro.
Os momentos mais significativos deste ano foram os seguintes:
- Presença de um stand do LCP no MotorClássico, nos dia 24, 25 e 26 de Março, na FIL em Lisboa.
- Realização da festa do 10º Aniversário do LCP na Póvoa de Varzim no dia 25 de Abril.
- Presença de um stand do LCP na Automobilia de Aveiro, nos dias 5, 6 e 7 de Maio.
- Presença de uma delegação do LCP no 17º EuroLambretta realizado em Issoire, França.
- Realização do 6º Encontro Nacional de Lambrettas e Lambrettistas nos dias 14 e 15 de Julho, em Alcobaça.
- Realização do I Passeio Luso-Galaico de Lambrettas, no dia 3 de Setembro.
- Presença de um stand do LCP no Salão de Automóveis e Motas Clássicos do Vale do Sousa, nos dias 9 de 10 de Setembro.
- Presença de um stand do LCP no AutoClássico, nos dias 29 e 30 de Setembro e 1 de Outubro, na Exponor.
Como se pode verificar pela quantidade de eventos, podemos considerar que foi um ano em grande! Se a isto juntarmos a qualidade dos mesmos, nomeadamente dos passeios, que juntaram sempre mais de 40 Lambrettas, então parece-me que há razões para estarmos satisfeitos pelo crescimento que o movimento vai evidenciando.