quarta-feira, julho 18, 2007

7º Encontro Nacional


Decorreu no passado fim de semana o 7º Encontro Nacional de Lambrettas e Lambrettistas. Este ano o evento ficou sediado em Vila Nova de Famalicão, tendo a organização cumprido com brio a sua missão.
A animação e o convívio foram fantásticos.

sexta-feira, julho 13, 2007

Corente


Empurrada pela nortada da época, chegou até mim, depois de fazer ricochete no amigo Kafka, a corrente de leituras. Cumprindo lealmente a minha obrigação com a verdade, sei que não vou desiludir ninguém. Então, as minhas últimas cinco leituras foram:
- Controlo de Gestão, de, entre outros, José Azevedo Rodrigues;
- Diagnosing and Changing Organizational Culture, de Robert Quinn e Kim Cameron;
- Risco Clínico - Complexidade e performance, de José Fragata;
- Estrutura e Dinâmica das Organizações, de Henry Mintzberg;
- Contemporary Strategy Analysis, de Robert Grant.
Quem estiver ligado à gestão conhece, certamente, alguns destes livros. Quem não está, mas tiver interesse em passar a estar, aconselho vivamente a leitura do clássico "Estrutura e Dinâmica das Organizações". Quem não tiver pachorra para a gestão, aconselho a leitura do livro "Risco Clínico", do brilhante cirurgião cardiotorácico José Fragata.
E como diria o outro:
- Bom fim de semana e... bons livros!

segunda-feira, julho 09, 2007

7º Encontro de Lambrettas

O 7º Encontro Nacional de Lambrettas e Lambrettistas vai decorrer já no próximo fim de semana no concelho de Vila Nova de Famalicão. Vão ser dois dias (sábado e domingo) de convívio e diversão entre a família Lambrettistas portuguesa.
Quem quiser inscrever-se ainda vai a tempo, podendo fazê.lo para:
Tel.: 939180254
E-mail: josepaiva@iol.pt

terça-feira, junho 19, 2007

Aguada de Cima - A concentração - 3


Já só falta falar sobre a forma como se portaram as nossas máquinas nos 300 Km do dia. Vejamos, das quatro motas que saimos de Vila do Conde conseguiram chegar a casa três pelos seus próprios meios, o que representa 75% do efectivo total. Nada mau!
Quanto a incidentes, registe-se apenas duas birras da Royal Enfield, que, talvez acusando cansaço por etapas tão longas, pediu para interromper a jornada de "trabalho" por escassos minutos. A Lambretta da comitiva apresentou duas tentativas de "colar" o motor, prontamente ultrapassadas sem necessidade de paragem e a Triumph, logo no início da viagem de regresso, fez questão de mostrar a sua simpatia pelas terras de Águeda, recusando-se a regressar a Vila do Conde.
O problema foi facilmente resolvido, entregando a mota à organização e passando o condutor a ser meu pendura, permitindo assim à Royal Enfield demonstrar a sua robustez, ao fazer a viagem de regresso, já não só com um passageiro, mas com dois.
Como se pode ver, o balanço é extremamente positivo, sendo esta uma experiência a repetir.
Só não sei é se terei companheiros para a próxima "aventura", tal o cansaço e as queixas por tão longa viagem...

Aguada de Cima - A concentração - 2

A concentração em si mesma foi interessante, mostrando haver um ambiente de grande familiaridade entre participantes e organização, o que costuma acontecer quando as pessoas se conhecem bem e há uma grande fidelidado dos participantes ao evento. É, nitidamente, o caso de Aguada de Cima.


No que respeita às máquinas presentes, podemos dizer que a qualidade era de extremos. Tanto havia uma Rudge ou duas Velocette, máquinas bastante raras e valiosas como haviam imensas motorizadas em fraco estado e de pouco interesse histórico. Podemos dizer que esta é uma concentração bastante popular e com critérios de inscrição de máquinas bastantes abrangentes.
Quanto a scooters, havia algumas Vespas, uma Lambretta LI 150 Special e uma belíssima Peugeot, muito bem restaurada e bastante rara em Portugal. É uma máquina que costuma ser vista noutras concentrações, nomeadamente em Cavalões e Viatodos.

A componente gastronómica é um dos pontos fortes desta organização. Logo na parte da manhã surpreenderam-nos com umas sandes de porco assado no espeto, que souberam maravilhosamente. Foi pena a escassez da cerveja, que acabou por ser compensada pelo vinho branco da região.
Depois, ao almoço, tivemos oportunidade de nos deliciarmos com o famoso leitão assado da região da bairrada, superiormente acompanhado pelo vinho espumante, que nos souberam lindamente. A única melhoria a empreender passa por conseguir ter o local do manjar mais perto dos fornos de assar os leitões, o que permitiria que este nos chegasse mais quente e estaladiço.


Esta foi uma bela jornada de convívio que nos permitiu rever bons amigos e dar um magnífico passeio com as nossas máquinas.

segunda-feira, junho 18, 2007

Aguada de Cima - A concentração - 1

Já há muito tempo que estava com vontade de uma experiência motociclistica algo "desafiadora". Confinado aos passeios de motas antigas e a espaçados voltas de Domingo à tarde, a ida à Concentração de Aguada de Cima apresentava-se como a oportunidade para uma pequena "experiência".
Foi com esse espírito que tomei a decisão de ir desde Vila do Conde até à simpática freguesia de Águeda montado numa simpática cinquentona: a Royal Enfield cá da casa, uma máquina com 350 c.c. que sofreu, recentemente, um restauro integral.
A "aventura" implicava percorrer os 120 km que ligam Vila do Conde a Aguada de Cima, fazer o passeio da concentração e regressar de novo a Vila do Conde sempre a rolar na magnífica Enfield. Em princípio não estariamos a falar de nada muito especial (300 km), pois a máquina apresentava-se fiável e a vontade do condutor era grande. Mas se há regra que a experiência nos diz nestas coisas das motas antigas é que "tudo pode acontecer". E se, às vezes, podemos nem sequer conseguir fazer 20 km, que se poderá dizer de 300...
Para concretizar este projecto ainda consegui mobilizar mais três amigos pouco experiêntes nestas lides que aceitaram o desafio. Com algum "peso" na consciência expliquei-lhes bem os riscos que corriamos e o que significava fazer tantos Km em máquinas destas, mas a vontade era tanta que aceitaram com entusiasmo.
Foi assim que a nossa viagem começou. Eram 08.00h de Sábado.

sexta-feira, junho 08, 2007

Aguada de Cima

Realiza-se amanhã a tradicional Concentração de Motas Antigas de Aguada de Cima, simpática freguesia do concelho de Águeda.
Acompanhado de mais três amigos vilacondenses, lá estarei, disfrutando do passeio, da companhia dos esperados mais de 100 participantes e, claro, do famoso leitão assado que costuma ser servido ao almoço!
Espero ter aqui uma resportagem sobre o evento no Domingo!

quarta-feira, maio 30, 2007

EuroLambretta


Vai decorrer na cidade alemã de Neckarsulm, a partir da próxima Sexta-feira, a 18ª Edição do EuroLambretta. Este ano a festa raínha das Lambrettas vai ser realizado num dos países que também fabricaram as famosas máquinas criadas por Ferdinando Innocenti. No caso alemão isso aconteceu na sequência de um acordo em a NSU no início dos anos 50, o que originou a produção de máquinas em tudo idênticas à Lambretta 125 LC da fábrica italiana.
Para grande pena minha, obrigações várias impedem-me de estar presente. No entanto o Lambretta Clube de Portugal estará representado com uma delegação de 4 pessoas.

terça-feira, maio 22, 2007

Automobília - Aveiro


Decorreu no passado fim de semana a edição deste ano da mais importante e genuina feira de veículos antigos do país, a Automobília, organizada pelo Clube Aveirense de Automóveis Antigos.

Obrigações várias fizeram com que só tivesse oportunidade de fazer uma visita de cerca de uma hora no Domingo de manhã, não me permitindo assim ver em pormenor todo o salão conforme o evento mereceria.

De todo o modo gostava de dizer que a feira está pujante, com uma enorme quantidade de expositores, que trazem um pouco de tudo: desde os veículos raros e caros até às velharias baratas com aspecto de sucata.

Pessoalmente gosto muito dessa variedade e considero que este tipo de feiras ainda é um espaço onde podemos "descobrir" peças ou veículos interessantes e que vale a pena ver com calma. Por outro lado é também muito curioso assistir à avidez com que grande parte dos visitantes olha para as coisas expostas, parecendo ansiar por encontrar aquela peça que há muito tempo procuram.

Finalmente, gostava de salientar a presença do Lambretta Clube de Portugal, que esteve presente expondo uma Lambretta 175 TV da 2ª série (acabadinha de saír do Stand Moto Central), uma 150 SX e uma Lambretta 48 recém restaurada e que já foi premiada na Concentração de Cavalões.

segunda-feira, maio 14, 2007

Espírito motard


Motoqueiros do grupo Bandidos, de Sydney, na Austrália, transportam o caixão de um dos seus membros, morto num acidente de viação. Foto: David Gray/Reuters

terça-feira, maio 01, 2007

11º Aniversário do LCP - 3


O crescimento do LCP tem vindo a consolidar-se de forma não muito rápida, mas consistente. Se verificarmos, a cada evento que se realiza aparece um número maior de participantes, com um elevado número de aficionados que nunca falham, seja nas organizações realizadas a norte ou a sul do país.

É bom que assim continue, pois o crescimento do interesse pelos clássicos, sejam os carros, sejam as motas é uma realidade que temos obrigação de saber acompanhar. Parece-me que a quantidade cada vez maior de Lambrettas restauradas que vamos encontrando é a prova da vitalidade do movimento e a garantia da sua continuidade.

11º Aniversário do LCP - 2

De entre as máquinas presentes, nem todas eram Lambrettas. Havia algumas Vespas (poucas) e uma simpática Casal Carina, a famosa scooter portuguesa que está a ficar bastante em voga nos últimos tempos com vários coleccionadores a interessar-se por elas.







Da minha parte fui na minha fiel e super fiável Lambretta LI 125 da 2ª série. É uma máquina pouco vista (há muitas com 150 cc de cilindrada), mas que depois do restauro efectuado pelos irmãos Vidal de Ilhavo se tem portado de forma irrepreensível, mostrando-se capaz de prestações de fazer inveja as colegas de maior cilindrada.




Para além destas, é justo destacar, entre outras, a presença de três SX 200 e de uma DL 200, para além de várias TV 175 da 2ª série, o que ilustra bem a qualidade das máquinas que rolaram na Trofa.



11º Aniversário do LCP


No passado Domingo decorreu a festa dop 11º Aniversário do Lambretta Clube de Portugal. O encontro juntou cerca de 50 Lambrettas na Trofa, numa bela organização dos sócios locais José Carlos e Fernando .
O clima ajudou, tendo-nos proporcionado um dia com algum sol o que sempre ajuda a disfrutar melhor as paisagens do Entre-Douro e Minho. Para além disso o encontro teve uma componente gastronómica muito interessante, começando pelo aperitivo servido em casa do anfitrião até ao bem composto almoço.
Parabéns aos organizadores por mais este magnífico evento da família dos Lambrettistas portugueses.

domingo, abril 15, 2007

Concentração de Viatodos - II


Este ano não fui de Lambretta. Para variar fui numa inglesa, uma Royal Enfield com 350 cc de 1948. A máquina que recebeu recentemente um restauro completo demonstrou uma capacidade impressionante, não tendo vacilado em momento algum e fazendo os troços mais difíceis (neste caso a subida até ao alto de S. Félix) com grande facilidade.

É por haver motas assim que ficamos viciados neste hobby!

Concentração de Viatodos - I


Com as devidas desculpas por esta semana de atraso, aqui lhes trago os meus comentários a algumas imagens da XIX Concentração Internacional de Viatodos.
De um modo geral, a concentração correspondeu ao que se esperava, podendo mesmo dizer-se que apresentou, este ano, um bom nível de participações, seja em qualidade seja em quantidade. O dia apresentou-se com um clima agradável, factor que sempre ajuda alguns, mais temerosos de enfrentar a chuva, a decidir-se aparecer.

Quanto à organização, não há nada a dizer, a não ser confirmar a eficiência e simpatia da equipa dos Fonsecas & Cª., que, mais uma vez, souberam receber com fidalguia todos os inscritos. Em termos gastronómicos, não faltou nada, desde o sempre apreciado pequeno almoço, servido logo à chegada e que nos ajuda a preparar o estomago para o passeio, até ao almoço, que teve desde o marisco nos aperitivos até aos digestivos para os mais exigentes.

O passeio deste ano levou-se desde Viatodos até ao Monte de S. Félix, na Póvoa de Varzim, isto depois de passarmos por Barcelos. A escolha é feliz, pois a escalada para o Monte de S. Félix apresenta-se como sendo uma boa prova de vida para as nossa "velhinhas", permitindo assim que todos demonstrem que, apesar da idade, elas ainda estão aí para a curvas. Segundo me apercebi, a esmagadora maioria das máquinas saiu do exame com distinção.

Depois do almoço, que foi servido na Quinta de Vinhós, numas das freguesias de Barcelos, a comitiva deslocou-se novamente até à Escola C+S de Viatodos, onde se procedeu à entrega dos prémios.


quinta-feira, abril 05, 2007

19ª Concentração Internacional de Viatodos


É já no próximo Sábado que se vai realizar a 19ª Concentração Internacional de Motas Antigas de Viatodos. Esta é a primeira grande concentração do ano, reunindo habitualmente um elevado número de participantes da nossa região e do norte de Espanha.

A minha presença já está marcada, ficando aqui a promessa de apresentar uma reportagem fotográfica do evento.

quarta-feira, março 14, 2007

11º Aniversário do LCP

O Lambretta Clube de Portugal vai organizar a festa do seu 11º Aniversário no próximo dia 29 de Abril de 2007 na Trofa.
De acordo com aquilo que se vai saben do, a organização promete uma festa excelente, seja na componente de passeio com as nossas lindas, seja na componente gastronómica!
Vão-se preparando e começando a afinar as máquinas...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Documento Único ... da treta


Esta história passou-se comigo. Depois de mais uma compra lá fui tratar do registo da minha Lambretta. Entregues os documentos na Conservatória do Registo Automóvel na Rua de Camões do Porto, esperei em casa pela chegada do Documento Único Automóvel (DUA) atestando as características técnicas do veículo e a minha condição de proprietário do mesmo.
Chegada a carta, li com atenção o que dizia. Em conjunto com o DUA há um texto que nos aconselha a ler atentamente tudo e verificar da correcção dos dados lá inscritos. Cumprindo essa orientação, dei conta que constava como data do primeiro registo 25/07/1958 quando eu sabia que essa data era 29/08/1953 (é uma Lambretta 125 LD).
Na mesma carta aconselham-nos a, "caso seja necessário proceder a qualquer rectificação" contactar um balcão de atendimento do DUA "para que se proceda à respectiva alteração e à emissão de um novo documento".
Tentanto saber onde era o famoso "balcão de atendimento" do DUA, fiz uma pesquisa no google tendo chegado à indicação de que esse balcão ficava, afinal, na mesma Conservatória do Registo Automóvel onde tinha tratado da transferência de propriedade.
Na esperança de resolver o assunto dirigi-me à Rua de Camões. Lá chegado, o funcionário disse-me que confirmava que os dados inscritos no DUA estavam errados. No entanto, para corrigir o problema teria de me deslocar à Direcção Geral de Viação (DGV), pois é essa a entidade que pode corrigir o problema. Disse-lhe que não me importava que assim fosse, mas que deveria ser ele a tratar de resolver o problema da forma que entendesse. Havendo de contactar a DGV ele que o fizesse, pois para mim o front office do DUA era ali. Mas não, o funcionário voltou a repetir que não poderia fazer a alteração e que eu teria mesmo de me deslocar à DGV.
Sentindo-me enganado pedi o Livro de Reclamações lavrando o meu protesto pelo facto de ter recebido informações erradas no próprio site do Ministério da Justiça.
Esta semana recebi a resposta da reclamação, dizendo que a Conservatória do Registo Automóvel teve o procedimento correcto, pois os termos do acordo existente entre as duas entidades prevê que aquele tipo de assuntos sejam tratados na DGV.
Ora, eu quando ouvi o Primeiro Ministro a falar orgulhosamente da existência de um documento único que juntasse os dados do veículo e os da propriedade do mesmo acreditei que era verdade. Agora, enquanto utilizador, verifico que é mentira. Afinal, temos um Documento Único Automóvel, mas não temos uma entidade que faça a sua gestão: temos duas e que nem sequer comunicam entre si.
Enquanto assim for o DUA não passa de uma treta.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Florett


Um dos veículos populares que mais rivalizou com as Lambrettas nos anos 60 foram, sem quaisquer dúvidas, as motorizadas da Kreidler, nomeadamente as famosas Florett.
A casa alemã, que se antes de entrar na produção de veículos motorizados era conhecida pela produção de cabos electricos e de telecomunicações, decidiu avançar com este negócio depois da II Guerra Mundial um pouco com a mesma filosofia da Lambretta: produzir veículos fiáveis e baratos que permitissem a "democratização" do transporte individual.
Tendo começado com a produção da famosa R50 logo em 1951 a Kreidler cedo deu nas vistas, muito especialmente devido ao facto de, logo no primeiro modelo, ter sido provada a sua fiabilidade ao ser-lhe atribuída a capacidade para dar uma volta ao mundo.
A sua popularidade aumenta a cada modelo que vai saindo, aspecto que vai sendo reforçado pelos vários records de velocidade na cilindrada de 50cc que estas belas máquinas vão conseguindo. Mas como tudo o que nasce também morre, a Kreidler acabou por não resistir à avalanche nipónica dos anos 80 acabando por encerrar a sua produção em 1983.
Em Portugal foram vendidas muitas Kreidler's, especialmente do modelo Florett. Nos últimos tempos temos visto muitas delas aparecer com belos restauros nas concentrações de Motas Antigas, mostrando assim que também no segmento de 50 cc também há máquinas que merecem atenção.
Esta que estão a ver acabou o seu restauro no Natal de 2006. Um belo presente!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Lambretta LC 125

Há cerca de 10 anos atrás encontrei numa feira de motas antigas em Vila Nova de Famalicão uma velha Lambretta à venda. Evidenciando já um grande interesse pelas Lambrettas, não tinha conhecimentos suficientes para perceber que mota era, realmente, aquela que estava à venda.
À primeira vista parecia uma Lambretta LD e foi nessa convicção que a comprei. O vendedor era um jovem de Arouca que me disse imediatamente que não tinha documentos dela, mas que iria tentar falar com o "velhote" que lha tinha vendido para ver se os conseguia. A verdade é que não conseguiu nada.
Como se pode ver pela foto, esta Lambretta estava em péssimo estado. Para além da ferrugem intensa, que "comia" a parte inferior do avental, faltam imensas peças, começando pelo depósto, o cilindro, o carburador, o escape, etc. Na altura a minha vontade de ter uma Lambretta era tanta que a comprei mesmo assim. O preço estava compatível com o estado.
Passados poucos dias da compra, e num dia em que me dediquei a estudar melhor aquela Lambretta, verifiquei, através da leitura do número do motor, que estava perante uma LC 125 e não uma LD. Ao saber disso ganhei um interesse redobrado por esta Lambretta, pois a LC é um modelo muito raro em Portugal, devendo mesmo ter sido o primeiro modelo a ser comercializado pela marca no nosso país.
Ao longo destes 10 anos a Lambretta foi ficando à espera da hora do restauro. Durante esse tempo consegui localizar o seu proprietário e legaliza-la em meu nome. O seu antigo (e único) dono contou-me que a Lambretta foi das primeiras a circular no Porto. Segundo me disse, outro exemplar terá sido vendido para a casa de vinho do Porto Nieport. Para que tenham uma ideia da antiguidade, a data do registo desta Lambretta é de Junho de 1951. Neste momento esta bela Lambretta ainda está em cima da banca de trabalho, mas perto do final do restauro, como se pode ver. Espero poder devolvê-la às nossas estradas dentro de um mês. Nessa altura trarei mais algumas fotos.

terça-feira, janeiro 02, 2007

T&C - Janeiro 2007


A Topos & Clássicos de Janeiro já está nas bancas. Depois de ter trazido uma excelente reportagem sobre a Lambretta LD 125 na edição do mês passado, este mês oferecem as capas para a colecção de um conjunto de cadernos alusivos à memória do Circuito de Vila do Conde, da autoria de João Mota Freitas.
Esta homenagem que a T&C vai fazer ao nosso circuito é justíssima. Na verdade, Vila do Conde sempre teve uma mística única no desporto automóvel nacional, sendo um dos emblemas desta cidade. Não é raro encontrar pessoas, em qualquer zona do país, que, ao dizermos que somos de Vila do Conde, nos devolvem um elogio por isso, aludindo às suas próprias recordações das corridas de automóvel.
Como vilacondenses lamento que o poder autárquico local tenha sido insensível a este ex-libris e que tenha destruido algo que levou décadas a construir. Felizmente a memória perdura e há quem a saiba manter viva.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

1947-2007


Durante o ano que hoje começa a Lambretta celebrará o 60º aniversário sobre a saída para a "rua" do primeiro modelo desta mítica marca: a Lambretta 125 m, também conhecida como Lambretta A.
O Lambretta Clube de Portugal tem um programa de actividades que inclui a realização dos habituais 3 passeios - Aniversário do clube em Abril, Encontro Anual em Julho e Luso-Galaico em Setembro. Entretanto veremos quantos Lambrettistas nacionais se mobilizarão para o Euro-Lambretta que este ano volta a realizar-se em Junho, desta vez na Alemanha.
Para além destas actividades é possível que ainda surjam algumas surpresas...