domingo, julho 02, 2006
Portugal-Inglaterra
O jogo de hoje marca um feito tremendo no futebol nacional. Com a vitória sobre a selecção de Inglaterra Portugal conseguiu colocar-se entre as 4 melhores selecções do mundo e confirmar a justeza do título de vice-campeões europeus que ostentamos.
De qualquer forma é importante referir que o jogo com os ingleses não foi nada fácil. Pessoalmente esperava menos dificuldades, pois parece-me que a nossa selecção é substancialmente melhor do que a inglesa, seja em valores individuais seja em valor colectivo. Mas a verdade é que me enganei. A selecção comandada pelo nosso conhecido Erikson mostrou-se uma excelente equipa e uma digna vencida.
A vitória de Portugal só tem duas explicações. Uma é a expulsão de Rooney, a estrela inglesa que fruto de um cormportamento sancionado severamente pelo árbitro argentino prejudicou objectivamente a sua própria equipa. A outra chama-se Ricardo, guarda-redes da confiança pessoal de Scollari, que mostrou a razão pela qual é o guardião menos batido da prova e um dos melhores especialistas do mundo na defesa de penaltys.
Até à expulsão de Rooney o jogo foi tremendamente equilibrado. Houve igualdade no tempo de posse de bola, igualdade nas oportunidades de golo, enfim, igualdade em praticamente tudo. Depois de Rooney abandonar, Portugal pegou no jogo e ficou muito mais tranquilo. É verdade que sofreu ainda uma ou outra situação em que os ingleses se abeiraram da nossa baliza com algum perigo, mas o jogo deixou de ter o peso que antes se sentia, pelo menos no que respeita ao medo de perder.
Ao invés disso, vimos Portugal quase sempre com a posse de bola e a “carregar” em cima dos ingleses. Não o faziam com perigo, é verdade, mas a sensação que tínhamos era a de que mais tarde ou mais cedo algo de positivo nos haveria de acontecer.
Como o golo não chegava acabou por ser necessário recorrer aos penaltys. Nessa altura veio ao de cima o brilhantismo do nosso guarda-redes Ricardo, que de forma absolutamente notável foi capaz de defender 3 penaltys dos jogadores ingleses (o único que conseguiram marcar ainda raspou nas mãoes do guarda-redes nacional), compensando assim o pouco acerto dos nosso jogadores que também falharam dois pontapés.
A imagem mais forte que guardo deste jogo foi o sinal que Cristiano Ronaldo fez para o céu depois de marcar o penalty decisivo. A dedicatória ao progenitor mostrava que o nosso melhor jogador está neste mundial com alma. Isso, conjugado com a mestria de Deco, a determinação de Ricardo, a subtileza de Ricardo Carvalho, a sabedoria de Figo e o brilhantismo da estratégia de Scollari dizem-me que podemos sonhar com tudo. Veremos se a França nos deixa!
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