terça-feira, maio 12, 2009

Uma boa ideia

A notícia foi publicada na edição de hoje do jornal Público:


Hospital da Covilhã promove aquisição de scooters pelos funcionários para que deixem o carro em casa

O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) entregou ontem os primeiros 50 ciclomotores do programa de mobilidade com que a instituição convida os funcionários a deixarem o carro em casa e irem para o trabalho sobre duas rodas.
A administração juntou todos os pedidos e trata do desconto das prestações no vencimento pago ao fim do mês. Assim, cada scooter (Keeway Hurricane) acabou por ser vendida a pouco menos de 800 euros, quando o preço de mercado ronda os mil euros.
Segundo João Casteleiro, presidente do CHCB, cerca de 100 funcionários já aderiram à iniciativa, "um número acima das expectativas". "Não saiu um tostão do nosso orçamento para esta medida. Só divulgámos os benefícios, facilitámos a aquisição e o desconto no final do mês", em planos de prestações flexíveis.
"Com as cidades atafulhadas de carros, estas motos significam maior mobilidade. Mas o nosso pensamento está essencialmente no ambiente. Sabemos que a poluição com motorizadas deste tipo é nitidamente inferior à de um carro", destacou João Casteleiro.
Por outro lado, há uma redução de gastos associados ao veículo, especialmente em combustível. Os veículos de 50 centímetros cúbicos entregues têm consumos que rondam os 2,5 litros aos 100 quilómetros - menos de metade do consumo de um carro vulgar.
Mas uma das principais vantagens vai ser a libertação de lugares de estacionamento no parque do CHCB, cuja escassez é uma queixa recorrente dos utentes que ali se deslocam. "No lugar de um carro cabem cinco ou seis destas motorizadas", destacou João Casteleiro, realçando que os novos veículos vão passar a ter um parque próprio.
Marta Gomes, funcionária do CHCB, está habituada a ouvir queixas de utentes por causa da falta de estacionamento e acredita que "as novas motos vão ajudar a resolver o problema". "Vai ser mais fácil estacionar e são mais económicas. Além disso, eu sempre gostei de motos", referiu, ao justificar a aquisição.
Para Sílvio Martins, também funcionário do CHCB, a redução de custos, com a aquisição, manutenção e combustível, "foram decisivos para a escolha" da scooter. A única dúvida está reservada para os dias de chuva: "Aí talvez recorra ao carro, vamos ver."


Esta é uma iniciativa que merece fortes aplausos e que deveria ser replicada.

1 comentário:

camilo lopes disse...

Madeira/lambretta/ João Jardim

Acabei de chegar de umas merecidas férias na ilha da madeira.
Não é que mesmo em tempo de descanso as lambrettas estão sempre presentes!
Há coisas que não lembram a ninguém! Estava eu a descarregar os meus sacos no hotel quando recebo um telefonema de um lambrettistta Madeirense a solicitar alguns esclarecimentos técnicos. Com naturalidade, respondi-lhe que estaria na disposição de, no dia seguinte me deslocar á sua residência para lhe prestar todo o apoio.
Disse-me ele; Senhor Camilo obrigado mas eu não resido no Continente, Estou a falar-lhe da Madeira! - Amigo também eu estou na Madeira! Acabo de chegar ao Carlton hotel. É o local onde trabalho! Respondeu-me ele eufórico.
Arranjei logo ali um amigo que me telefonava a menos de 20 metros do meu quarto.

Vamos deixar as lambrettas e falar sobre a Madeira.

Sempre tive uma ideia daquela zona como sendo um local de desgraça, sofrimento e
Repressão. Uma vez chegado ao Funchal aluguei de imediato um carrinho para me deslocar á vontade. Percorri toda a ilha, falei com pessoas e tudo isto em plena liberdade de expressão e movimentos.
Hoje a minha ideia sobre a Madeira é outra. Afinal trata-se de uma zona de Portugal em que nós continentais, principalmente a classe política teria muito que aprender.
Aquele povo desgraçadinho que passa na comunicação social, só se estavam de férias no continente! Eu não os vi. O que eu vi foi uma Madeira altamente avançada, toda rasgada por excelentes e gratuitas estradas e túneis que chegam a atingir perto de 3000 metros de extensão e um povo fantástico e acolhedor que ainda ama Portugal.
Conheço quase meio mundo e nunca encontrei país algum tão limpo e ordenado.
Não há povoação alguma que não tenha sanitários públicos onde se entra e parece ter sido tudo limpo e desinfectado á um minuto atrás. Com tudo no sítio. Água, sabonete e papel; aquilo que normalmente no Continente só os luxuosos centros comerciais nem sempre nos oferecem.
No regresso, e quando chego ao aeroporto Internacional da Portela, a primeira coisa que fiz foi ir a uma casa de banho. Eram 7h da manhã, tal como abri a porta de imediato a fechei. Era merda por todos os lados.

Ai Alberto Alberto, a falta que tu cá fazes.

Este é o meu testemunho, a verdade de um lambrettistta e á muitos muitos anos, militante comunista.

Camilo lopes