A última edição chegou há dias a casa e tem como grande tema de capa a história da Lambretta. O texto apresenta de forma resumida os principais momento da história da casa fundada por Ferdinand Innocenti, dando uma ideia do nascimento, crescimento e declínio de uma empresa que ficou na história do motociclismo.
De todos os eventos que integram o calendário anual do Lambretta Clube de Portugal, este é aquele que merece menos trabalhos organizativos. Ao bom estilo dos grupos de amigos, o que costuma acontecer é juntarmo-nos todos em Vila do Conde ou em Viana do Castelo e seguir, a rolar, até ao lado de lá do Rio Minho para convivermos com os nossos amigos galegos.
Por razões diversas houve alguns habituais participantes que não puderam estar presentes. Mesmo assim eramos mais de 50 a almoçar, o que mostra uma boa capacidade de mobilização. De Vila do Conde partimos 5 Lambrettas e em Viana aguardavam-nos cerca de 30 máquinas que depois se juntaram às quase 10 dos galegos.
Chegados ao "lado de lá", fomos recebidos na autarquia de Rosal, uma pequena mas simpática localidade da margem direita do Rio Minho. Daí seguimos até ao restaurante onde nos aguardava uma refeição farta e de qualidade que agradou a todos os participantes e proporcionou um animado e agradável período de convívio entre os elementos da caravana Lambrettista.
- Em termos de máquinas havia uma grande variedade de motas e motorizadas, oscilando entre algumas de enorme qualidade até muitas outras que não mostram o cuidado ou mesmo o interesse histórico para integrar um evento deste tipo.
- Em termos de oferta gastronómica esta concentração também teve algumas falhas, como foi o caso do aperitivo previsto antes do arranque (prometido e que se resumia a umas bolachas e uns sumois) e o que foi serviço a meio do passeio (em Vila do Conde), que não chegou nem para 1/3 dos participantes.
Da parte da delegação do Lambretta Clube de Portugal a satisfação também era grande, pois sentimos ter sido bem empregue o sacrifício de uma viagem tão longa, cansativa e cara. O espírito de grupo foi excelente e a amizade entre todos saiu fortalecida.
Quanto à minha bela Lambretta Junior 50, portou-se à altura dos acontecimentos, tendo mesmo sido bastante apreciada pelos presentes, já que apresenta um restauro de qualidade e tratava-se de um modelo do qual havia apenas mais dois exemplares presentes (aliás, a quem lembraria ir a uma festa destas numa cinquentinha!!!).
Uns com os seus reboques...
... e outros dando gás às suas Lambrettas!
Este desgraçado passou todo o primeiro dia à volta do motor da sua Lambretta
Esta Lambretta estava sem o cilindro...
Este inglês estava em tal desespero que até colocou anúncio!
Depois da viagem, o pistão ficou neste lindo estado
Clientela era coisa que não faltava à oficina
A relva também servia para base de trabalho
Para quem nunca viu, um motor por dentro é assim...
Estes eram holandeses e foram em família...
Este jovem sueco já ia vestido com as cores da Lambretta!
Os irlandeses, levavam as cabeças bem decoradas e mostravam a sua provebial boa disposição
Ainda conseguimos encontrar um resquício de Viking's...
Apesar de não dar jeito nenhum a transportar, os suiços não esqueceram a tradicional corneta
Como é lógico, não podiam faltar os escoceses!
Como se vê, o ambiente era propício à boa disposição!
O local escolhido para albergar os cerca de 600 participantes era o complexo desportivo local. Ao todo eram 2 campos de futebol relvados (em parte foram ocupados com as tendas de campismo) e um campo pelado (ocupado com o estacionamento dos carros, carrinhas e utilizado para algumas actividades complementares). O espaço era bonito e bastante agradável. O único senão eram as condições sanitárias, pois os quartos de banho estavam algo distantes da zona das tendas, o que não era muito agradável de manhã ao levantar...
A comitiva do Lambretta Clube de Portugal chegou cedo (com um dia de antecedência), o que nos permitiu escolher um bom local e instalarmo-nos relativamente bem. Ficamos rodeados de Holandeses de um lado e de Alemães do outro, colegas que mostraram ser bons vizinhos!
Uma das maiores expectativas que temos quando estamos presentes num evento destes, é ver e contactar com Lambrettas diferentes daquelas a que estamos habituados. Como não podia deixar de ser, isso voltou a acontecer neste edição. Vejam alguns exemplos:
A fantástica e raríssima Lambretta A do Bo Martin, o anfitrião deste encontro
Uma espectacular Lambretta 175 TV da 1ª Série
Uma 150 LD com Side Car num miserável estado de chapa, mas que transportava toda a família
Lambrettas de corrida
Lambrettas com motor... Heinkel
Lambrettas com... medo do escuro
Enfim, como se pode ver pela curta amostra, havia Lambrettas para todos os gostos. Aliás, a criatividade e a vontade de fazer sempre algo de diferente e melhor na sua mota é uma constante em praticamente todos os Lambrettistas.
Na fila esperando a entrada para o barco que fazia a ligação entre a Alemanha e a Dinamarca
Enquanto não consigo arranjar tempo para escrever a prometida reportagem, aqui ficam duas fotos minhas (retiradas do Forum do LCGB) no EuroLambretta da Suécia...
