No próximo domingo, dia 30 de Abril de 2006, vai realizar-se a festa de comemoração do 10º Aniversário do Lambretta Clube de Portugal. Como habitualmente acontece a festa é organizada este ano pelo sócio José Luis Alves, um grande "doente" pelas Lambrettas e que é morador em Balasar. Assim, esta simpática freguesia poveira, agora mundialmente famosa por ter sido berço da Santa Alexandrina, será a capital portuguesa das Lambrettas por um dia.
Para este passeio vou levar a minha Lambretta LI 125 série 2. É uma máquina de 1960 e que tem uma história curiosa. Já não me lembro ao certo do dia em que a comprei, mas recordo-me perfeitamente do dia em que ela me foi entregue. O vendedor, Lourival Oliveira (recentemente falecido e grande animador da Concentração de Motas Antigas de Cavalões, V. N. de Famalicão), trazia a Lambretta na sua carrinha e descarregou-a. Foi aí que a vi pela primeira vez. Estava praticamente completa em todas as suas peças, mas o estado da pobre mota era bastante mau. Estava pintada de vermelho e, coisa que é sempre um quebra cabeças para quem se mete nisto dos veículos antigos, não tinha documentos nenhuns.
Como é óbvio, a minha vontade foi a de iniciar o restauro o mais rapidamente possível. Entusiasmado pelo Camilo Lopes, um amigo que "arranja" todas as peças necessárias a qualquer Lambretta, levei-a para a oficina dos irmãos Vidal em Ílhavo, pois já eram experimentados em trabalhos deste tipo.
Depois de mais de 3 anos e uma mão cheia de euros (nem digo quanto para não se assustarem), a minha Lambretta lá foi entregue num estado verdadeiramente impecável. Parecia que estava a sair do stand em estado de novo. Foi pintada de vermelho e branco, ficando com cores bastante aproximadas ao original. Em termos de mecânica foi toda revista e está em excelente condição.
Refeita a Lambretta, faltava legalizá-la. Depois da habitual pesquisa à Conservatória de Registo Automóvel, lá descobri que estava registada no nome de um tal Sr. Milheiro. Através da lista telefónica acabei por conseguir chegar, não a ele, mas a um irmão. Depois de várias tentativas para contactar com o dono do registo, acabei por falar com o meu amigo Pedro Brás Marques, que vive muito perto da zona onde morava o Sr. Milheiro. Disse-me imediatramente que sabia muito bem que era o famoso Sr. Milheiro e que o seu sogro tinha uma excelente relação com ele. De imediato se prontificou a fazer a "ponte" com o Sr. Milheiro, levando uma declaração de venda que poucos dias depois já estava na minha mão assinada e acompanhada da fotocópia do BI do Sr. Milheiro.
E foi assim que acabei por ficar com uma Lambretta fantástica e completamente legalizada. No Domigo, lá estará ela a subir o Monte da Franqueira em Barcelos...
sexta-feira, abril 28, 2006
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