sexta-feira, abril 28, 2006

Assembleia Municipal de Vila do Conde


Realizou-se ontem à noite a reunião de Abril da Assembleia Municipal de Vila do Conde, na qual foram aprovadas as contas do município relativas ao ano 2005.
Como factos mais relevantes destaco os seguintes:
- A desautorização de Mário Almeida a seu filho Bruno quando este, em nome da bancada do PS, se preparava para votar favoravelmente uma moção do PSD sobre o encerramento do Porto de Vila do Conde à descarga de pescado dos barcos de pesca costeira. A forma algo brutal como Mário Almeida obrigou o seu filho a voltar atrás e a deixar cair aquilo que segundos antes tinha assumido foi demasiado ostensiva e, confesso, parece-me mesmo algo incompreensível. Por um lado a matéria de facto não era suficientemente grave que justificasse uma atitude tão drástica. Depois a aspereza com que Mário Almeida falou fez lembrar um ralhete, o que não fica bem ser feito em público, tanto mais que Bruno Almeida já, há muito, é maior e vacinado.
- A substâncial melhoria do desempenho da bancada do PSD. José Eduardo Lemos e Rui Silva mostraram-se muito seguros e acutilantes nas respostas a Mário Almeida, mostrando mesmo uma excelente preparação dos temas sobre os quais falaram.
- A arrogância e enviesamento com que Mário Almeida vê o funcionamento da democracia. A propósito das críticas da oposição, o Presidente da Câmara acaba por fazer um discurso extremamente agressivo, atacando as pessoas (quando as chama de ignorantes, por exemplo) e transportando o debate para uma logica maniqueista em que quem ganha eleições pode dizer e fazer o que quiser e quem perde deve calar-se. Ora, a democracia é exactamente o contrário disso, procurando dar a todos aqueles que tem represenação eleitoral uma legitimidade idêntica para afirmar posições e ideias. É óbvio que no momento da votação vence quem tem mais representantes, mas antes disso, todas as opiniões merecem igual respeito.

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