quarta-feira, abril 26, 2006

Chamar os nomes aos bois

A pior coisa que pode acontecer a uma pessoa de Vila do Conde, quando está fora da sua terra, é dizerem-lhe algo do género:
- Oh pá, já há muito que não vou à tua terra, à Póvoa.
Infelizmente, este tipo de situações ainda acontecem com alguma frequência, mostrando que a proverbial ignorância dos americanos para as matérias da geografia também tem seguidores por por terras lusas.
Como devem calcular, alguém que é de Vila do Conde, cidade que, quando comparada com a Póvoa de Varzim, se mostra dotada de qualidades inatingíveis pela nossa vizinha, fica zangado. Como diria o "cromo" do Gato Fedorento, "um tipo fica chateado"!
A verdade é que, com a Lambrettas acontece algo semelhante. Na verdade, e para quem sabe verdadeiramente o que é uma Lambretta, a pior coisa que lhe pode acontecer é ser abordado por um curioso, que cheio de boas intenções, estaciona o seu Ferrari ao nosso lado e se abeira de nós dizendo:
- Parabéns! A sua Vespa está muito bonita!


Como é óbvio, ficamos com uma enorme vontade de arrasar com o cavalheiro. De lhe agradecer as palavras elogiosas à nossa Lambretta, retribuindo que o Fiat dele também é espectacular.
Bom, a verdade é que as Lambrettas e as Vespas são motas de referência. Mas ninguém se pode esquerecer que são diferentes.

1 comentário:

Peliteiro disse...

Vila do Conde tem "qualidades inatingíveis pela nossa vizinha" mas a Póvoa é que é conhecida... Deve ser por eu morar lá...

PS Também tenho uma Vespa, de 88.