Black Out -A arma mortífera

Acabou este fim de semana a época futebolística. Ao contrário do que se passa muitas vezes, este ano os resultados finais não merecem grande contestação. Ao longo de toda a época foi evidente que o FC Porto, para além de ter os melhores jogadores, foi capaz de conseguir uma grande estabilidade de resultados, o que lhe permitiu comandar o campeonato nacional durante a maior parte do tempo.
É verdade que houve momentos em que a equipa não teve um rendimento tão forte como era esperado mas, mesmo assim, foi, quase sempre, melhor do que os seus adversários. Curiosamente, foi nesses momentos que o FC Porto recorreu a uma das suas habituais armas, que, prova-se agora, resultou em pleno: o black out. Esta estratégia comunicacional (de anti-comunicação) tem-se revelado extremamente útil à equipa de Pinto da Costa. Para mim o black out resulta por uma razão evidente: a tribo do futebol é muito mais eficiente quando está calada do que quando fala. Percebendo a massa com que trabalha, Pinto da Costa sabe que a forma de os seus rapazes colocarem em prática a plenitude das suas capacidade é quando estão de boca fechada. Desde o treinador ao roupeiro, passando pelas estrelas do plantel, ninguém falou. Pessoalmente acho muito bem que assim seja e, como portista, fico satisfeito com o resultado final. É pena que este exemplo não seja seguido pelas equipas todas.