O Expresso deste fim de semana destacou o facto de o Estado ter gasto 72 milhões de euros com os partidos políticos. Este tipo de notícias e o destaque que lhes é dado servem para que se alimente a já tradicional saga de ataque aos políticos e aos seus “privilégios”.
Seja quem for que avance com este tipo de estratégias, parece-me que se trata de uma guerra perdida para todos. Aqueles que utilizam este tipo de argumentos para atacar os políticos ou que chamam estes números às capas de jornal em tempos de crise não parecem ter noção do mal que podem semear. É que a democracia, se é esse o sistema políticos que queremos, tem, efectivamente, custos. E esses custos devem ser assumidos colectivamente pelo país. Não me parece, por isso mesmo, que o problema se deva observar pelo lado do que custa a democracia.
O que seria importante era controlar a transparência quanto à forma como essas verbas são utilizadas e quanto às contas do partidos políticos. Ora, é aí que me parece que ainda estamos bastante atrasados e a precisar de avançar fortemente. No entanto, essa não é uma arma que deva ser utilizada para atacar ou para beneficiar nenhum dos partidos. Ao contrário, parece-me que é uma arma que, se não for utilizada com seriedade e honestidade, poderá tornar-se mortal para todos os partidos e até, quem sabe, para a própria democracia.
segunda-feira, junho 19, 2006
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