Um EuroLambretta é sempre uma ocasião privilegiada para podermos ver algumas Lambrettas que raramente circulam perto dos nossos olhos. Como disse atrás, a nossa curiosidade satisfez-se a dois níveis: ver algumas Lambrettas de modelos raros e restauradas de forma irrepreensível e ver Lambrettas recriadas de forma imaginativa.
No que se refere às primeiras, destaco as várias Lambrettas TV 175 1ª série, um modelo bastante raro (conheço a existência de 3 ou 4 em Portugal), todas elas restauradas de forma irrepreensível. Havia duas Lambrettas B, uma delas razoavelmente bem restaurada e outra que aparentava boa mecânica, mas não escondia o peso dos seus quase 60 anos. Gostei muito de um triciclo FD 125, um modelo que penso não ter sido importado para Portugal. O restauro estava impecável em todos os aspectos, começando na Lambretta em si e acabando no condutor, que interpretando o papel de um merceeiro dos anos 50, trajava de acordo com os padrões da época. A parte destas, havia várias C’s e D’s bem restauradas, entre as quais a do nosso compatriota Camilo Lopes, que acabou por ser contemplado com um prémio. Gostava também de assinalar o excelente nível geral das Lambrettas dos participantes franceses, maioritariamente circulando em LD’s de fabrico francês, mas com mostravam restauros cuidados e de boa qualidade.
No que se refere aqueles que preferem fazer trabalhos de “restauro criativo”, obviamente que o destaque vai todo para a delegação inglesa. Havia Lambrettas que estavam transformadas em motas de corrida, em que até o guiador havia sido modificado para esse fim. Havia uma Lambretta em que muitas partes tinham incrustações com motivos vários, mas de grande beleza. Havia quem as cravasse de espelhos e buzinhas em praticamente toda a superfície. Havia em as decorasse com motivos ludico-militares, como foi o caso de uma jovem espanhola, que tinha uma LI 150 3ª série muito bem conseguida. Havia ainda uma Lambretta (curiosamente de um Italiano) cujo motor tinha sido totalmente modificado, passando a ter dois cilindros e 300 cm3 de cilindrada, certamente exemplar único a nível mundial.
No meio de todos estes participantes, gostava de realçar que a delegação portuguesa não ficava nada mal. Com efeito, apesar de não termos apresentado modelos muito raros, fizemo-nos transportar em Lambrettas bastante bem restauradas, o que ficou bem demonstrado na obtenção do já referido prémio.
terça-feira, junho 06, 2006
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2 comentários:
Vi o seu blog e gostei bastante. Tenho uma Lambretta velha que era do meu pai. Acho que já não anda há mais de 10 ou 15 anos, mas queria restaurala. Será que me pode dar algumas indicações?
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